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Banco Mundial alerta para "crise de aprendizagem" na educação global

  • Publicado: Quinta, 28 de Setembro de 2017, 08h47
  • Última atualização em Quinta, 28 de Setembro de 2017, 08h47
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Relatório de Desenvolvimento Mundial 2018 pede mais ações com base em estatísticas principalmente em países de rendas baixa e média.

Um novo relatório do Banco Mundial lançado nesta terça-feira alerta para uma "crise de aprendizagem" na educação global afetando milhões de jovens estudantes em países de rendas baixa e média.

A ONU News conversou com o economista do Banco Mundial e coautor do Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 2018, David Evans, que, de Washington, falou sobre os principais pontos do estudo.

Leitura e matemática

Evans afirmou que segundo o relatório, as crianças estão matriculadas na escola em "taxas sem precedentes", o que é um grande êxito, mas muitas delas "não estão aprendendo".

"Tem muitas crianças que estão chegando na escola e passando cinco, oito, doze anos sem aprender a ler, sem aprender a fazer a matemática básica, as habilidades que eles precisam para funcionar bem na sociedade, para realmente ganhar as promessas da educação, de um bom trabalho e uma renda decente".

De acordo com o relatório, quando estudantes da terceira série do ensino primário no Quênia, na Tanzânia e em Uganda foram solicitados recentemente a ler a frase "o nome do cão é Filhote", cerca de 75% não entenderam seu significado.

Em áreas rurais da Índia, aproximadamente 75% dos estudantes da terceira série não puderam resolver uma subtração de dois dígitos como "46 – 17" e até a quinta série, metade ainda não conseguia.

As estatísticas do relatório não incluem 260 milhões que, devido a conflito, discriminação, deficiência e outros obstáculos não estão matriculados na escola primária ou secundária.

Países lusófonos

O economista do Banco Mundial e coautor do relatório falou ainda sobre a situação nos países lusófonos.

"Vários dos países que falam português têm melhorado, mas ainda têm muitas oportunidades para melhorar. Um exemplo da crise de aprendizagem é que embora as aptidões de jovens brasileiros de 15 anos tenham melhorado, nós no Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial calculamos que se o sistema continuar a progredir no ritmo atual, os jovens levarão 75 anos para atingir a pontuação média em matemática dos países ricos".

De acordo com o relatório, em leitura levaria 263 anos.

Recomendações

Segundo Evans, o relatório fala em três medidas que os governos podem tomar para enfrentar essa crise.

"A primeira ação é avaliar a aprendizagem para torná-la um objetivo sério (…) Em muitos países não se sabe se as crianças podem ler, se podem fazer matemática. A segunda ação é atuar com base em evidências para fazer as escolas trabalharem para todos os educandos. Nos últimos anos temos aprendido muito sobre como melhorar a aprendizagem, assim que precisamos atuar com base nessas evidências. E a terceira ação é alinhar atores para fazer todo o sistema funcionar em prol da aprendizagem".

O relatório menciona que quando países e seus líderes fazem da "aprendizagem para todos" uma prioridade nacional, padrões de educação podem "melhorar dramaticamente".

(ONU News)

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